quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ingestão de trigo e outros grãos de cereais e seu papel na inflamação

Como é elucidado no post, apenas recentemente foi descoberto que a causa da doença celíaca (DC) é uma reação autoimune  ao glúten (caracterizada especificamente pela resposta à alfa-gliadina e à transglutaminase-2) , a qual faz com que o organismo apresente certa dificuldade em absorver alguns nutrientes, vitaminas e sais minerais provenientes dos alimentos que são ingeridos, e também a absorção de água. Com isso, essa doença pode causar desnutrição, problemas de crescimento, doenças psiquiátricas e neurológicas severas, e em alguns casos até o óbito.

O problema é que o organismo responde também a outras formas de gliadina e de transglutaminase, sendo que os testes laboratoriais são realizados somente com anticorpos que atuam contra a alfa-gliadina e a transglutaminase-2, não sendo detectado realmente se o paciente possui doença celíaca, sensibilidade ao glúten ou intolerância ao glúten, que são enfermidades clínicas nas quais os pacientes expressam uma resposta autoimune exasperada a outras proteínas deste mesmo grupo alimentar e estas espécies de proteínas podem de fato ser nocivas as pessoas a ponto de se acumularem em órgãos vitais.

Por conta disso, é necessário que o teste para a intolerância se torne mais amplo para detectar o grande espectro de moléstias que o trigo/glúten podem promover em tantas pessoas através de processos inflamatórios (sendo o inchaço e a irritação alguns dos mais comuns) que podem ser provocados nos mais diversos orgãos ou tecidos a depender do indivíduo que porta a doença. E esta medida é cada vez mais urgente uma vez que o trigo hoje representa uma parcela cada vez mais significativa da base da matriz do crescente agronegócio global tanto de países ricos quanto pobres, de forma que ele e seus derivados estão cada vez mais presentes nos alimentos industrializados e também nos não industrializados.
        
Com isso, nota-se que a obrigatoriedade de haver informações dos componentes presentes nos produtos comercializados, como os traços de glúten, se em alguns casos o consumidor apresenta sensibilidade ao glúten sem que recebam um diagnóstico preciso ou alguma orientação de como deve ser a sua dieta para que os sintomas dessas enfermidades relacionadas ao glúten não se manifestem. 


Pedro Santiago - 12/0020343
Lorenna Rocha - 12/0016320
Felipe Marques - 13/0025844
Bruna Ribeiro-12/0027500
Rodrigo Carvalho- 11/0074165
Ely Lopes -14/0090452

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Envelhecimento

O envelhecimento ao nível molecular, de acordo com 
Harman (1956) é um processo secundário ao estresse 
oxidativo, causado na membrana celular pela ação dos 
radicais livres, implicando em modificações e ruptura de
ligações entre as bases nitrogenadas, resultando em 
mutações lentas e progressivas  ao DNA (oxidação 
lipidica) levando ao envelhecimento celular, perdendo 
sua capacidade de duplicação por comprometimento dos 
telômeros, configurando-se como a senescência em si. 


  


Como vemos, a ação dos radicais livres é mesmo
muita agressiva.Neste caso, devido a radição solar
sofrida por este homem durante 28 anos, ocorreu
uma grande produção de radicais livres, que 
acarretaram no envelhecimento.

Em estudos realizados com camundongos, foram feitas
18 manipulações genéticas diferentes em genes que 
codificam enzimas antioxidantes As modificações foram
tanto para aumentar a expressão desses genes, quanto
para diminuir a expressão e analisar os efeitos desses 
procedimentos quando apenas um é modificado ou 
quando dois são alterados, procurando-se evidenciar 
se existe relação entre estresse oxidativo e o tempo 
de vida.


A enzima Cu/Zn-suroxide dismutase (CuZnSOD), é grande
importância para a defesa antioxidante, pois catalisa a 
dismutação do superóxido em oxigênio em peróxido de 
hidrogênio. Quando esssa enzima é pouco expressa 
apresenta efeitos consideráveis sobre o tempo máximo 
de vida das células, podendo haver perda de cerca de 30%
no tempo máximo de vida.


Já a enzima Glutathione peroxidase 4, que deveria diminuir
o tempo máximo de vida, pela redução de sua habilidade de
reparação ao dano na membrana, apresenta um aumento 
médio na expectativa de vida, uma vez que que a Glutathione 
peroxidase 4, é capaz de inibir a apoptose (morte programada
da célula).




Ely Lopes
Estudante de Biotecnologia - UnB

Referências:
http://radicaislivres97.wordpress.com/2013/06/20/envelhecimento-cancer-e-radicais-livres/
ž  Ferreira, A.L.A.; L.S., Matsubara. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Ass. Med. Brasil, 2002
http://envelhecimentounb94.blogspot.com.br/

Vício livre




A nicotina é um composto alcalóide, ou seja, um composto básico derivado de plantas, que constitui o princípio ativo do tabaco. Esta substância é uma droga psicoativa, difundida pelo consumo de cigarro, sendo a principal responsável pela dependência física deste meio de escapismo.

Imagem 1 - consumo de cigarro per capita no mundo (2009)

A fumaça aspirada chega rapidamente aos pulmões, passando depois para a circulação e atingindo todo o organismo, principalmente o cérebro, onde a nicotina agirá. Por este caminho, a fumaça não danifica somente os pulmões, mas sim todo o sistema respiratório, já que o calor provoca uma reação inflamatória inicial. Esta agressão térmica é responsável pela produção de espécies reativas de oxigênio na via aérea, as quais induzem uma maior produção de proteases.

Foi observado em estudos que fumantes crônicos apresentam níveis maiores de produtos da peroxidação lipídica no plasma (determinado por um método denominado TBA-malondialdeído). Além disso, foi observado um nível reduzido de antioxidantes nos espaços aéreos distais, sendo os níveis baixos de vitamina E preocupantes, já que está vitamina lipossolúvel é a maior responsável pela proteção das membranas celulares.

Um estudo com ratos, no qual os animais foram expostos à fumaça de cigarro, indicou que o benzopireno contido na fumaça foi responsável pela diminuição dos níveis de vitamina A.




Felipe Marques Nogueira
Estudante de Química - UnB


Referências bibliográficas:
ANDRADE JUNIOR, D. R.; SOUZA, R. B.; SANTOS, S. A. e ANDRADE, D. R. Os radicais livres de oxigênio e as doenças pulmonares.
O cigarro e o aparelho respiratório. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/o-cigarro-e-o-aparelho-respiratorio/
Consumo de cigarro per capita. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/observatorio_controle_tabaco/site/home/dados_numeros/consumo_per_capita

Carotenóides



Os carotenóides são um grande grupo de pigmentos lipossolúveis sintetizados por plantas, algas e bactéria fotossintetizantes, ou seja, para o homem a ter em seu organismo, deve-se complementar sua alimentação com alimentos ricos deste nutriente. Este nutriente é responsável por dar cores aos alimentos, dentre o amarelo, laranja e vermelho, ou seja, alimentos coloridos são bem vindos a uma dieta balanceada. 

Com relação a ingestão recomendada de carotenóides, o Instituto de Medicina alega que os resultados até então existentes na literatura ainda são inconsistentes para se recomendar a dose necessária.

Imagem 1 - espectro da luz visível.
Os carotenóides são divididos em dois grupos de acordo com a sua composição estrutural, onde os carotenos possuem em sua estrutura apenas átomos de carbono e hidrogênio, enquanto as xantofilas possuem também átomos de oxigênio (que ao estar presente na forma de um grupo hidroxila garante à molécula certa hidrossolubilidade). O que é comum às duas subdivisões de carotenóides são as insaturações, presentes em número variáveis de ligações duplas, sendo que quanto maior o número de insaturações, maiores são os comprimentos de onda captados, ou seja, isso explica as colorações quentes de frutas e verduras ricas neste nutriente. A ação de antioxidante deste grupo nutricional se dá pela estabilização dos radicais livres através da alta densidade eletrônica devido às múltiplas ligações duplas da estrutura, como se trata de moléculas altamente hidrofóbicas, espera-se sua atuação em ambiente lipofílico, como as membranas celulares ou lipoproteínas.

Imagem 2 - exemplos de estruturas de crotenóides.

Nos humanos, todos os carotenóides possuem ação antioxidante, porém alguns são convertidos em retinol (forma ativa da vitamina A), estas são as pró-vitaminas A, no caso o α-caroteno e o β-caroteno os mais conhecidos. A vitamina A é essencial aos processos normais de crescimento e desenvolvimento, para a proteção da pele e bom funcionamento do sistema imunológico.

Os carotenóides protegem contra a foto-oxidação devido a sua capacidade de inibir as espécies reativas de oxigênio, além de interagir sinergicamente com outros antioxidantes. Sabe-se que a exposição da pele a raios solares ultravioletas (também raios emitidos na faixa de comprimento de onda da luz azul, 430-500 nm) provoca reações químicas e biológicas chamadas de estresse foto-oxidativo, que resulta em eritema, envelhecimento precoce da pele, desenvolvimento de fotodermatoses e câncer de pele.

Assim, tem-se que os carotenóides pró-vitamínicos A exercem um pepel importante na proteção do estresse foto-oxidativo da pele, já que este grupo exerce a manutenção, crescimento e diferenciação das célilas epiteliais. Sendo que o β-caroteno é normalmente prescrito para pessoas portadoras de protoporfiria eritroproteica (doença caracterizada pela fotossensibilidade incomum da pele).


Felipe Marques Nogueira
Estudante de Química - UnB

Referências bibliográficas:
HORST, M. A.; MORENO, F.S. Carotenóides. São Paulo: ILSI, 2012.
O que são carotenóides? Disponível em: http://dinakaufman.com/artigos/o-que-sao-carotenoides/

Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença que torna o indivíduo altamente sensível a estímulos dolorosos. Essa patologia afeta músculos, tendões e ligamentos, além de ser crônica e generalizada. Também é caracterizada pela dor que migra para vários pontos do corpo. Ela atinge o sistema nervoso central, afetando o mecanismo de supressão a dor e pode ser tratada por meio de atividades físicas regulares, massagens, e analgésicos.
             Essa doença está associada aos radicais livres devido a disfunções do metabolismo do oxigênio na célula. Essas disfunções acabam gerando radicais livres, o que causa o estresse oxidativo celular, interferindo no processo de cicatrização tecidual. O baixo fornecimento de oxigênio causa hipóxia nas fibras musculares, que causam as dores nos músculos das pessoas afetadas por essa patologia.
            Quando o indivíduo tem fibromialgia, há um desequilíbrio entre os antioxidantes e oxidantes dentro da célula, o chamado estresse oxidativo. Nessa situação, o óxido nítrico produzido em excesso pelo organismo pode dar origem a espécies reativas derivadas do nitrogênio, como o peroxinitrito, que é um dos responsáveis por essa doença. Por causa de sua ação com neurotransmissor, o excesso na produção de óxido nítrico pode causar uma sensibilização do sistema nervoso central, o que causa as dores.
            Pessoas portadores de fibromialgia apresentam baixos níveis de glutationa e catalase, que são antioxidantes celulares. Sem a proteção desses antioxidantes, os portadores estão expostos a ação dos oxidantes, que podem ser de origem endógena, como metabólitos produzidos em excesso, exógena, como poluentes, herbicidas, fungicidas, mercúrio, ou microbiana, onde são produzidos oxidantes microbianos que podem causar dores abdominais nos pacientes.
            A fibromialgia pode ser tratada por meio do uso de antioxidantes, que contrabalanceariam o estresse oxidativo. Esses antioxidantes devem ser incorporados a dieta dos pacientes de forma moderada. Os principais antioxidantes são as vitaminas do complexo B, a vitamina C e E, o selênio, o ômega 3, o magnésio e os flavonoides


Rodrigo Carvalho
Aluno de Biologia, UnB

Fontes:

http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=4

http://www.abcdasaude.com.br/reumatologia/fibromialgia


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000300012

Suco de uva e sua ação antioxidante

            O suco de uva é considerado um grande antioxidante pois tem uma grande quantidade de polifenóis na sua composição. Esses polifenóis, além de possuírem atividade antioxidante, também são antimutagênicos, anticarcinogênicos e antiaterogênicos.       
  

            Os flavonoides estão presentes na uva e são responsáveis pelo retardamento do envelhecimento das células devido a inibição de radicais livres. Mas esses compostos não são encontrados somente nas uvas e seus derivados. Flavonoides podem ser encontrados em outras frutas, como o morango, a maçã e framboesa, e também em alguns vegetais como brócolis, espinafre, couve e cebola. 

Rodrigo Carvalho
Aluno de Biologia, UnB

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Flavonoid#Antioxidant

http://www.uvibra.com.br/vinhoesaude_18.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Polyphenol

Aterosclerose

A aterosclerose é uma doença que afeta a 
parede das artérias, radicais livres reagem 
com lipídios de baixa densidade presente na
corrente sanguínea, levando a formação de
placas de gordura, os ateromas, que podem
comprometer o fluxo sanguíneo dessas artérias.
Essa doença pode afetar artérias do cérebro, 
coração, rins e de outros órgãos vitais. Quando
a aterosclerose acontece nas artérias carótidas, 
que fornecem o sangue para o cérebro, ela poderá 
provocar uma isquemia cerebral transitória ou um
acidente vascular cerebral  (derrame cerebral).
Quando a aterosclerose ocorre nas artérias
coronárias, responsáveis pelo fluxo de oxigênio 
até o coração, pode provocar angina do peito, 
infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e morte. 

























A ação oxidativa sofrida pelas proteínas, faz com 
que elas fiquem defeituosas e se aglomeram 
formando lipofuscinas, composto não degradável 
associada ao Envelhecimento Celular, que 
interrompem o fluxo dentro da célula, prejudicando 
seriamente o Sistema Nervoso que depende de 
fluxo intenso de Neuro-Transmissores.

















Ely Lopes
Estudante de Biotecnologia - UnB


Referências:

http://bioradicaisbio.blogspot.com.br/2009/07/aterosclerose.html
http://saude.hsw.uol.com.br/avc.htm