quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ingestão de trigo e outros grãos de cereais e seu papel na inflamação

Como é elucidado no post, apenas recentemente foi descoberto que a causa da doença celíaca (DC) é uma reação autoimune  ao glúten (caracterizada especificamente pela resposta à alfa-gliadina e à transglutaminase-2) , a qual faz com que o organismo apresente certa dificuldade em absorver alguns nutrientes, vitaminas e sais minerais provenientes dos alimentos que são ingeridos, e também a absorção de água. Com isso, essa doença pode causar desnutrição, problemas de crescimento, doenças psiquiátricas e neurológicas severas, e em alguns casos até o óbito.

O problema é que o organismo responde também a outras formas de gliadina e de transglutaminase, sendo que os testes laboratoriais são realizados somente com anticorpos que atuam contra a alfa-gliadina e a transglutaminase-2, não sendo detectado realmente se o paciente possui doença celíaca, sensibilidade ao glúten ou intolerância ao glúten, que são enfermidades clínicas nas quais os pacientes expressam uma resposta autoimune exasperada a outras proteínas deste mesmo grupo alimentar e estas espécies de proteínas podem de fato ser nocivas as pessoas a ponto de se acumularem em órgãos vitais.

Por conta disso, é necessário que o teste para a intolerância se torne mais amplo para detectar o grande espectro de moléstias que o trigo/glúten podem promover em tantas pessoas através de processos inflamatórios (sendo o inchaço e a irritação alguns dos mais comuns) que podem ser provocados nos mais diversos orgãos ou tecidos a depender do indivíduo que porta a doença. E esta medida é cada vez mais urgente uma vez que o trigo hoje representa uma parcela cada vez mais significativa da base da matriz do crescente agronegócio global tanto de países ricos quanto pobres, de forma que ele e seus derivados estão cada vez mais presentes nos alimentos industrializados e também nos não industrializados.
        
Com isso, nota-se que a obrigatoriedade de haver informações dos componentes presentes nos produtos comercializados, como os traços de glúten, se em alguns casos o consumidor apresenta sensibilidade ao glúten sem que recebam um diagnóstico preciso ou alguma orientação de como deve ser a sua dieta para que os sintomas dessas enfermidades relacionadas ao glúten não se manifestem. 


Pedro Santiago - 12/0020343
Lorenna Rocha - 12/0016320
Felipe Marques - 13/0025844
Bruna Ribeiro-12/0027500
Rodrigo Carvalho- 11/0074165
Ely Lopes -14/0090452

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Envelhecimento

O envelhecimento ao nível molecular, de acordo com 
Harman (1956) é um processo secundário ao estresse 
oxidativo, causado na membrana celular pela ação dos 
radicais livres, implicando em modificações e ruptura de
ligações entre as bases nitrogenadas, resultando em 
mutações lentas e progressivas  ao DNA (oxidação 
lipidica) levando ao envelhecimento celular, perdendo 
sua capacidade de duplicação por comprometimento dos 
telômeros, configurando-se como a senescência em si. 


  


Como vemos, a ação dos radicais livres é mesmo
muita agressiva.Neste caso, devido a radição solar
sofrida por este homem durante 28 anos, ocorreu
uma grande produção de radicais livres, que 
acarretaram no envelhecimento.

Em estudos realizados com camundongos, foram feitas
18 manipulações genéticas diferentes em genes que 
codificam enzimas antioxidantes As modificações foram
tanto para aumentar a expressão desses genes, quanto
para diminuir a expressão e analisar os efeitos desses 
procedimentos quando apenas um é modificado ou 
quando dois são alterados, procurando-se evidenciar 
se existe relação entre estresse oxidativo e o tempo 
de vida.


A enzima Cu/Zn-suroxide dismutase (CuZnSOD), é grande
importância para a defesa antioxidante, pois catalisa a 
dismutação do superóxido em oxigênio em peróxido de 
hidrogênio. Quando esssa enzima é pouco expressa 
apresenta efeitos consideráveis sobre o tempo máximo 
de vida das células, podendo haver perda de cerca de 30%
no tempo máximo de vida.


Já a enzima Glutathione peroxidase 4, que deveria diminuir
o tempo máximo de vida, pela redução de sua habilidade de
reparação ao dano na membrana, apresenta um aumento 
médio na expectativa de vida, uma vez que que a Glutathione 
peroxidase 4, é capaz de inibir a apoptose (morte programada
da célula).




Ely Lopes
Estudante de Biotecnologia - UnB

Referências:
http://radicaislivres97.wordpress.com/2013/06/20/envelhecimento-cancer-e-radicais-livres/
ž  Ferreira, A.L.A.; L.S., Matsubara. Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Ass. Med. Brasil, 2002
http://envelhecimentounb94.blogspot.com.br/

Vício livre




A nicotina é um composto alcalóide, ou seja, um composto básico derivado de plantas, que constitui o princípio ativo do tabaco. Esta substância é uma droga psicoativa, difundida pelo consumo de cigarro, sendo a principal responsável pela dependência física deste meio de escapismo.

Imagem 1 - consumo de cigarro per capita no mundo (2009)

A fumaça aspirada chega rapidamente aos pulmões, passando depois para a circulação e atingindo todo o organismo, principalmente o cérebro, onde a nicotina agirá. Por este caminho, a fumaça não danifica somente os pulmões, mas sim todo o sistema respiratório, já que o calor provoca uma reação inflamatória inicial. Esta agressão térmica é responsável pela produção de espécies reativas de oxigênio na via aérea, as quais induzem uma maior produção de proteases.

Foi observado em estudos que fumantes crônicos apresentam níveis maiores de produtos da peroxidação lipídica no plasma (determinado por um método denominado TBA-malondialdeído). Além disso, foi observado um nível reduzido de antioxidantes nos espaços aéreos distais, sendo os níveis baixos de vitamina E preocupantes, já que está vitamina lipossolúvel é a maior responsável pela proteção das membranas celulares.

Um estudo com ratos, no qual os animais foram expostos à fumaça de cigarro, indicou que o benzopireno contido na fumaça foi responsável pela diminuição dos níveis de vitamina A.




Felipe Marques Nogueira
Estudante de Química - UnB


Referências bibliográficas:
ANDRADE JUNIOR, D. R.; SOUZA, R. B.; SANTOS, S. A. e ANDRADE, D. R. Os radicais livres de oxigênio e as doenças pulmonares.
O cigarro e o aparelho respiratório. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/o-cigarro-e-o-aparelho-respiratorio/
Consumo de cigarro per capita. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/observatorio_controle_tabaco/site/home/dados_numeros/consumo_per_capita

Carotenóides



Os carotenóides são um grande grupo de pigmentos lipossolúveis sintetizados por plantas, algas e bactéria fotossintetizantes, ou seja, para o homem a ter em seu organismo, deve-se complementar sua alimentação com alimentos ricos deste nutriente. Este nutriente é responsável por dar cores aos alimentos, dentre o amarelo, laranja e vermelho, ou seja, alimentos coloridos são bem vindos a uma dieta balanceada. 

Com relação a ingestão recomendada de carotenóides, o Instituto de Medicina alega que os resultados até então existentes na literatura ainda são inconsistentes para se recomendar a dose necessária.

Imagem 1 - espectro da luz visível.
Os carotenóides são divididos em dois grupos de acordo com a sua composição estrutural, onde os carotenos possuem em sua estrutura apenas átomos de carbono e hidrogênio, enquanto as xantofilas possuem também átomos de oxigênio (que ao estar presente na forma de um grupo hidroxila garante à molécula certa hidrossolubilidade). O que é comum às duas subdivisões de carotenóides são as insaturações, presentes em número variáveis de ligações duplas, sendo que quanto maior o número de insaturações, maiores são os comprimentos de onda captados, ou seja, isso explica as colorações quentes de frutas e verduras ricas neste nutriente. A ação de antioxidante deste grupo nutricional se dá pela estabilização dos radicais livres através da alta densidade eletrônica devido às múltiplas ligações duplas da estrutura, como se trata de moléculas altamente hidrofóbicas, espera-se sua atuação em ambiente lipofílico, como as membranas celulares ou lipoproteínas.

Imagem 2 - exemplos de estruturas de crotenóides.

Nos humanos, todos os carotenóides possuem ação antioxidante, porém alguns são convertidos em retinol (forma ativa da vitamina A), estas são as pró-vitaminas A, no caso o α-caroteno e o β-caroteno os mais conhecidos. A vitamina A é essencial aos processos normais de crescimento e desenvolvimento, para a proteção da pele e bom funcionamento do sistema imunológico.

Os carotenóides protegem contra a foto-oxidação devido a sua capacidade de inibir as espécies reativas de oxigênio, além de interagir sinergicamente com outros antioxidantes. Sabe-se que a exposição da pele a raios solares ultravioletas (também raios emitidos na faixa de comprimento de onda da luz azul, 430-500 nm) provoca reações químicas e biológicas chamadas de estresse foto-oxidativo, que resulta em eritema, envelhecimento precoce da pele, desenvolvimento de fotodermatoses e câncer de pele.

Assim, tem-se que os carotenóides pró-vitamínicos A exercem um pepel importante na proteção do estresse foto-oxidativo da pele, já que este grupo exerce a manutenção, crescimento e diferenciação das célilas epiteliais. Sendo que o β-caroteno é normalmente prescrito para pessoas portadoras de protoporfiria eritroproteica (doença caracterizada pela fotossensibilidade incomum da pele).


Felipe Marques Nogueira
Estudante de Química - UnB

Referências bibliográficas:
HORST, M. A.; MORENO, F.S. Carotenóides. São Paulo: ILSI, 2012.
O que são carotenóides? Disponível em: http://dinakaufman.com/artigos/o-que-sao-carotenoides/

Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença que torna o indivíduo altamente sensível a estímulos dolorosos. Essa patologia afeta músculos, tendões e ligamentos, além de ser crônica e generalizada. Também é caracterizada pela dor que migra para vários pontos do corpo. Ela atinge o sistema nervoso central, afetando o mecanismo de supressão a dor e pode ser tratada por meio de atividades físicas regulares, massagens, e analgésicos.
             Essa doença está associada aos radicais livres devido a disfunções do metabolismo do oxigênio na célula. Essas disfunções acabam gerando radicais livres, o que causa o estresse oxidativo celular, interferindo no processo de cicatrização tecidual. O baixo fornecimento de oxigênio causa hipóxia nas fibras musculares, que causam as dores nos músculos das pessoas afetadas por essa patologia.
            Quando o indivíduo tem fibromialgia, há um desequilíbrio entre os antioxidantes e oxidantes dentro da célula, o chamado estresse oxidativo. Nessa situação, o óxido nítrico produzido em excesso pelo organismo pode dar origem a espécies reativas derivadas do nitrogênio, como o peroxinitrito, que é um dos responsáveis por essa doença. Por causa de sua ação com neurotransmissor, o excesso na produção de óxido nítrico pode causar uma sensibilização do sistema nervoso central, o que causa as dores.
            Pessoas portadores de fibromialgia apresentam baixos níveis de glutationa e catalase, que são antioxidantes celulares. Sem a proteção desses antioxidantes, os portadores estão expostos a ação dos oxidantes, que podem ser de origem endógena, como metabólitos produzidos em excesso, exógena, como poluentes, herbicidas, fungicidas, mercúrio, ou microbiana, onde são produzidos oxidantes microbianos que podem causar dores abdominais nos pacientes.
            A fibromialgia pode ser tratada por meio do uso de antioxidantes, que contrabalanceariam o estresse oxidativo. Esses antioxidantes devem ser incorporados a dieta dos pacientes de forma moderada. Os principais antioxidantes são as vitaminas do complexo B, a vitamina C e E, o selênio, o ômega 3, o magnésio e os flavonoides


Rodrigo Carvalho
Aluno de Biologia, UnB

Fontes:

http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=4

http://www.abcdasaude.com.br/reumatologia/fibromialgia


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302000000300012

Suco de uva e sua ação antioxidante

            O suco de uva é considerado um grande antioxidante pois tem uma grande quantidade de polifenóis na sua composição. Esses polifenóis, além de possuírem atividade antioxidante, também são antimutagênicos, anticarcinogênicos e antiaterogênicos.       
  

            Os flavonoides estão presentes na uva e são responsáveis pelo retardamento do envelhecimento das células devido a inibição de radicais livres. Mas esses compostos não são encontrados somente nas uvas e seus derivados. Flavonoides podem ser encontrados em outras frutas, como o morango, a maçã e framboesa, e também em alguns vegetais como brócolis, espinafre, couve e cebola. 

Rodrigo Carvalho
Aluno de Biologia, UnB

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Flavonoid#Antioxidant

http://www.uvibra.com.br/vinhoesaude_18.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Polyphenol

Aterosclerose

A aterosclerose é uma doença que afeta a 
parede das artérias, radicais livres reagem 
com lipídios de baixa densidade presente na
corrente sanguínea, levando a formação de
placas de gordura, os ateromas, que podem
comprometer o fluxo sanguíneo dessas artérias.
Essa doença pode afetar artérias do cérebro, 
coração, rins e de outros órgãos vitais. Quando
a aterosclerose acontece nas artérias carótidas, 
que fornecem o sangue para o cérebro, ela poderá 
provocar uma isquemia cerebral transitória ou um
acidente vascular cerebral  (derrame cerebral).
Quando a aterosclerose ocorre nas artérias
coronárias, responsáveis pelo fluxo de oxigênio 
até o coração, pode provocar angina do peito, 
infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e morte. 

























A ação oxidativa sofrida pelas proteínas, faz com 
que elas fiquem defeituosas e se aglomeram 
formando lipofuscinas, composto não degradável 
associada ao Envelhecimento Celular, que 
interrompem o fluxo dentro da célula, prejudicando 
seriamente o Sistema Nervoso que depende de 
fluxo intenso de Neuro-Transmissores.

















Ely Lopes
Estudante de Biotecnologia - UnB


Referências:

http://bioradicaisbio.blogspot.com.br/2009/07/aterosclerose.html
http://saude.hsw.uol.com.br/avc.htm





Adaptações fisiológicas de corais à exposição ao ar

Zonas entremarés são consideradas as mais difíceis fisiologicamente devido a constantes variações que ocorrem durante os ciclos das marés. Os principais fatores que sofrem essas mudanças são a temperatura, o oxigênio dissolvido e a salinidade, além da radiação ultravioleta, risco de dissecção devido a exposição ao ar e a ação das ondas.

A influência desses fatores em constante mudança induzem a produção de radicais livres, que afetam vários fatores dos organismos que vivem nas regiões entremarés. Além de induzir a peroxidação, processo que causa dano na membrana celular. Para contrabalancear a produção de radicais livres, esses organismos possuem uma eficiente capacidade antioxidante, responsável pela produção de enzimas antioxidantes. Esse estudo discute as adaptações fisiológicas desses organismos a exposição ao ar durante os períodos de maré baixa.

Os resultados mostraram que tanto a imersão (onde havia reoxigenação) quanto a emersão (momento de exposição ao ar) tiveram diferentes efeitos na expressão das proteínas HSP70/HSC70, no acúmulo de MDA (malondialdeído) e na atividade de várias enzimas antioxidativas. Houve um aumento significativo das proteínas HSP70/HSC70 durante a emersão, seguida de uma queda durante o período de imersão. Ao contrário dessas proteínas, os níveis de MDA eram quase zero durante a exposição ao ar, enquanto na imersão, os níveis se elevaram drasticamente.

A resposta das enzimas antioxidativas variou entre as enzimas. Durante a emersão, os níveis de GST subiram, enquanto na imersão, notou-se a diminuição da quantidade dessa enzima. Ao contrário da GST e da CAT, a atividade da SOD ficou estável durante a emersão e aumentou durante a imersão.

Os resultados sugerem que o conjunto HSC70/HSP70, CAT e GST fazem parte de uma resposta integrada durante os períodos de hipóxia e uma preparação para o período de reoxigenação, onde haveria dano as células por causa dos radicais livres produzidos durante a imersão. Essa adaptação faz com que os corais sobrevivam nesse ambiente entremarés durante os períodos de maré baixa. 

Rodrigo Carvalho 
Aluno de Biologia, UnB

Fonte:
T. Texeira e al. Coral physiological adaptations to air exposure: Heat shock and oxidative stress responses in Veretillum cynomorium. / Journal of Experimental Marine Biology and Ecology 439 (2013) 35–41

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Benefícios e malefícios dos Radicais Livres

Os radicais são bem conhecidos pelos efeitos negativos que causam no organismo, com o envelhecimento e várias doenças. Mas eles também trazem benefícios ao organismo, pois estão envolvidos na sinalização celular e apresentam um importante papel no sistema imunológico.

Por exemplo, o óxido nítrico, que é usado para a vasodilatação do endotélio, adesão e agregação plaquetária, regulação da pressão sanguínea basal, relaxamento do corpo cavernoso peniano humano, além de participar do aprendizado e memória no cérebro e mediar o relaxamento de vários esfíncteres no trato gastrointestinal.

Além disso, os radicais livres são importantes no processo de morte celular programada, a apoptose. Esse processo ocorre mediante a uma cascata de reações que necessitam de radicais livres para sua ativação.

Os radicais livres também são importantes na resposta imunológica, já que neutrófilos e macrófagos utilizam espécies reativas, como o peróxido de hidrogênio e o óxido nítrico, para destruir organismos englobados por eles.

A cicatrização ocorre devido a uma série de reações mediadas por vários compostos, entre eles, a prostaglandina, que é formada pela atuação do ácido araquidônico, que por sua vez é produzido mediante a participação de radicais livres.

Por outro lado, os radicais livres estão associados a várias doenças, como a catarata, diabetes, arterosclerose, asma, cancro, doenças reumatológicas e cardiovasculares e estão intimamente relacionados ao envelhecimento.

Rodrigo Carvalho
Aluno de Biologia, UnB

Fontes:

http://en.wikipedia.org/wiki/Radical_(chemistry)
http://www.rgnutri.com.br/sqv/patologias/rad-livres.php
http://www.infotius.com.br/2013/10/conheca-os-beneficios-e-os-maleficios.html

Morango: Uma fruta com benefícios

O morango é uma fruta que contém uma grande quantidade de nutrientes essenciais e fitoquímicos benéficos, sendo um alimento importante na dieta humana porque proporciona benefícios para a saúde humana, tais como a eliminação de toxinas no organismo, reforço no sistema imunológico, previne envelhecimento, etc.


Pesquisadores italianos e espanhóis realizaram um estudo num grupo de voluntários saudáveis que passaram a ingerir cerca de 500g de morangos frescos em suas dietas todos os dias durante um mês. Para o estudo foram realizados exames de sangue e de urina antes, durante e 15 dias após o consumo de morango.

Os resultados mostraram que ocorreu uma diminuição de 8,78%, 13,72% e 20,8% respectivamente nos níveis de colesterol, de LDL e de triglicerídios, além de não alterar o nível de HDL.

Outras observações feitas foi de que houve um aumento também nos níveis de biomarcadores antioxidantes após a dieta, e que as concentrações de alguns antioxidantes (tais como vitamina C e flavonoides) foram elevadas durante a dieta e depois retornaram ao valor basal após a dieta.

Com isso, nota-se que o morango é uma fruta bastante importante para o organismo humano e que deve estar presente na dieta de quem procura ter uma boa saúde.

Pedro Santiago
Estudante de Química - UnB

Referências
Alvarez-Suarez, J. M.; Giampieri, F.; Tulipani, S.; Casoli, T.; Di Stefano, G.; González-Paramás, A. M.; Santos-Buelga, C.; Busco, F.; Quiles J. L.; Cordero, M. D.; Bompadre, S.; Mezzetti, B.; Battinoa, M. - One-month strawberry-rich anthocyanin supplementation ameliorates cardiovascular risk, oxidative stress markers and platelet activation in humans - Journal of Nutritional Biochemistry (2014), 25, 289-294.

http://dieta-alimentar.blogspot.com.br/2013/08/beneficios-morangos-saude.html

Vitamina E



Outra vitamina com importante contribuição para a inibição de radicais livres no organismo é a Vitamina E. Este nutriente é responsável por acelerar a cicatrização de ferimentos, proteger de doenças crônicas (como Parkinson e Alzheimer), de câncer e de problemas cardiovasculares, além de ajudar na fertilidade masculina e feminina.

Ela pode ser encontrada principalmente em sementes oleaginosas, óleos vegetais, grãos inteiros e gérmen de trigo e vegetais verde-escuros. Além das fontes vegetais, a vitamina E pode ser encontrada na gema do ovo e também no fígado.

Por ser uma vitamina lipossolúvel, encontra-se na bicamada fosfolipídica das membranas celulares, protegendo as membranas do ataque dos radicais livres, ou seja, inibe a peroxidação lipídica das células.

A vitamina E é um composto tocoferol (que contém 4 isoformas, sendo a biologicamente ativa a α-tocoferol - a própria vitamina E). Este α-tocoferol, de estrutura representada abaixo, inibe a peroxidação lipídica ao doar um próton do seu grupo hidroxila aos radicais livres, sendo que a peroxidação lipídica das membranas acarreta em alterações na estrutura e permeabilidade da mesma. Além disso, tem-se a proteção associada das proteínas e das bases nitrogenadas do DNA, ou seja, a vitamina E contribui para a preservação do material genético.
Imagem 1 - estrutura do α-tocoferol.

Após a neutralização de radicais livres, o α-tocoferol se converte em um radical α-tocoferil, o qual não possui mais a ação antioxidativa. Para retornar a sua forma biologicamente importante, este radical precisa ser regenerado e este mecanismo é auxiliado pelo ácido ascórbico (ou seja, a vitamina E deve ser consumida conjuntamente com a vitamina C), pela enzima glutationa-redutase (antioxidante enzimático endógeno) e a coenzima Q10.

Nota-se que o sistema imunológico perde sua eficiência com o avançar da idade, sendo que foi observado que parte deste declínio é devido a deficiência de vitamina E no organismo, já que estudos baseados na suplementação de vitamina E na alimentação de pessoas mais velhas demonstrou uma resposta imunológica melhor.

Felipe Marques Nogueira
Estudante de Química - UnB

Referências bibliográficas:
CLARK, B.Vitamina E 'consumida diariamente' fortalece a imunidade do corredor. Disponível em: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/nutricao/guia/vitamina-e-consumida-diariamente-ajuda-adiar-o-envelhecimento-do-corpo.html

Vitamina E. Disponível em: http://www.corpoperfeito.com.br/ce/vitamina_e

Algumas funções dos Radicais Livres e a Radioterapia

A produção de RLs atua também em vias de sinalização de processos inflamatórios, cicatrizacionais, de hipertrofia muscular e de apoptose. A apoptose (morte celular autoprogramada) é capaz de eliminar células doentes e defeituosas por meio da produção de radicais livres que a ativam.

No que tange a hipertensão arterial, o radical peróxido nitrito promove uma proteção quando presente nas arteríolas. Esse radical possui a propriedade de estimular o relaxamento arteriolar através da dilatação dos vasos. Mas, quando esta presente em excesso nas arteríolas, esse componente relaxa excessivamente os vasos, diminuindo o sangue nos órgãos.

Os radicais livres servem como ativadores do processo inflamatório pois o estresse oxidativo inicia esse processo estimulando a permeabilidade vascular, através da liberação de mediadores e hormônios. Além disso, o aderimento, o trajeto e a quimiotaxia das células inflamatórias na vasculatura, também são coordenados pela produção de RLs de oxigênio.

Os radicais livres servem como ativadores do processo inflamatório pois o estresse oxidativo inicia esse processo estimulando a permeabilidade vascular, através da liberação de mediadores e hormônios. Fora a isso, o aderimento, o trajeto e a quimiotaxia das células inflamatórias na vasculatura, também são coordenados pela produção de RLs de oxigênio.

Ainda com relação à resposta imunológica, alguns dos glóbulos brancos secretam enzimas que quando expostas ao oxigênio são oxidadas e dão origem a radicais livres que são importantes no combate de corpos estranhos pois causam a destruição de agentes invasores.

Além disso, os radicais livres de oxigênio são importantes na sinalização intracelular de forma geral e, nesse papel, participam da regulação redox no interior das células do sistema imune.

A radioterapia consiste no uso de radiação nos tecidos tumorosos que provoca uma sequência cadencial de eventos: A radioterapia causa a lesão de moléculas vitais para as células no interior ou exterior das mesmas. A lesão dessas moléculas será realizada diretamente ou, indiretamente pela quebra de moléculas de H2O que provocará nas células a produção de RLs de oxigênio, que estão entre os RLs mais destrutivos. Esses RLs trarão lesões no DNA e RNA que serão muitas vezes fatais para que haja a destruição das células tumorais.

A sobrevivência de cada célula atingida variará de acordo com sua competência em se restaurar do dano gerado (diretamente ou não) pela radiação no DNA e RNA. Isso irá selecionar os efeitos  da radiação pois, em geral, as células doentes (tumorais) tem dificuldade de regeneração por terem sistemas de defesa contra esse RL menos eficientes.



Bruna Santos Ribeiro
Estudante de Biologia - UnB

Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-86502002000600011&script=sci_arttext
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1958
http://ruirodrigues.pt/RB/radbrt.html

Peroxidação lipídica e Sinalização Celular

A maioria dos radicais livres é muito reativa e subsiste por pouco tempo nas células por terem meia vida curta. O grande problema são os radicais derivados de oxigênio e de nitrogênio estão em constante formação dentro do corpo humano.

Um dos maiores danos do estresse oxidativo é peroxidação lipídica que atinge principalmente as membranas celulares, o que acarreta mudanças na estrutura e na permeabilidade das mesmas. Assim, há perda da seletividade e vazamento do conteúdo de organelas, provocando a morte celular precoce.
Nesse processo, os radicais livres derivados de oxigênio modificam os ácidos graxos poliinsaturados dos fosfolipídeos das membranas e permitem, dessa forma, a entrada desses radicais nas estruturas celulares.

A desintegração dos fosfolipídeos libera os ácidos graxos insaturados, resultando em: Mutações no DNA; Oxidação dos demais lipídeos insaturados; Formação de resíduos químicos; Alterações na matriz extracelular.

Mas, nem sempre os processos de lipoperoxidação são danosos, pois seus produtos são vitais na resposta inflamatória. E é importante lembrar que a peroxidação lipídica pode ocorrer por causa de outros fatores que não os radicais livres.

Os radicais regulam a sinalização celular, por meio de processos de oxidação/redução em proteínas que ativam vias de sinalização de hormônios, como as vias que regulam a atividade das enzimas antioxidantes e até mesmo as que controlam a expressão de alguns de genes, principalmente os mitocondriais.

Bruna Santos Ribeiro

Referências: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42301997000100014
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252014000300017&script=sci_arttext